por Fausto Rodrigues de Lima (Folha)
05 de Outubro de 2011 14:56
(Folha de S.Paulo) Fausto Rodrigues de Lima, promotor de Justiça do Distrito
Federal e coautor do livro "Violência Doméstica - A Intervenção
Criminal e Multidisciplinar", escreve sobre a polêmica campanha
publicitária "Hope ensina". No artigo, o promotor destaca o aspecto
discriminatório aos homens presente na campanha. Leia trechos selecionados:
"Para gastar todo o dinheiro do marido e conseguir sua compreensão, a
mulher brasileira precisa lhe conceder sexo. O ensinamento de uma campanha da
lingerie Hope, protagonizada por Gisele Bündchen, causou justa indignação a
ponto de a Secretaria de Políticas para as Mulheres pedir sua suspensão."
"Essa e outras manifestações sexistas escamoteiam faceta pouca explorada:
o homem também é discriminado. Ora, para a campanha referida, o marido ideal
precisa ser o provedor; caso contrário, não pode ter uma mulher linda e
disponível para o sexo. Como um cão no cio, necessita de sexo a todo momento e
a todo custo. Não deve se importar com a satisfação da parceira; basta que ela
finja prazer."
"Nós, homens do século 21, somos seres pensantes. Não queremos prover
ninguém, almejamos unir esforços. Se por acaso nossa renda for insuficiente ou
nula, que nos respeitem. Gostamos, sim, de sexo, mas não pensamos nisso 24
horas por dia. Nos interessa o futebol mas também o balé, a música, a arte, a
poesia. E choramos, sim."
"Por isso, pedimos ao Conar que suspenda a propaganda da Hope e outras
ridículas, não só por ofenderem nossas mães, filhas e esposas, mas por nos
agredirem profundamente enquanto homens."
Nelson Mandela assim que foi libertado foi agradecer a Kadafi o seu
apoio ao povo sul-africano contra o regime do apartheid.
Estive na Líbia em setembro de 1979, por ocasião do décimo aniversario da
Revolução que levou Kadafi ao poder.
Me acompanharam na ocasião o cinegrafista Luis Manse e o operador de Nagra
Nelson Belo, Belo (por onde andarão?).
Estávamos ali pelo Globo Repórter, do qual eu era o diretor em São Paulo.
Primeira surpresa. O hotel, para onde o governo nos enviou, estava totalmente
ocupado por diplomatas.
Perguntei ao embaixador do Brasil a razão dessa concentração.
A resposta me surpreendeu ainda mais.
Na Líbia de Kadafi, os aluguéis estavam proibidos.
Aos líbios que não tivessem casa, era só solicitar que o governo imediatamente
providenciava a construção de uma.
O país era um imenso canteiro de obras.
E mais: Uma lei em vigor, A LEI DO COLCHÃO, determinava que, qualquer cidadão
líbio que soubesse da existência de casa alugada, era só atirar um colchão no
quintal que a casa passava a ser sua.
Inúmeras embaixadas sofreram com essa lei já que foram ocupadas por líbios.
O próprio embaixador me contou na ocasião que a embaixada brasileira não ficou
imune a essa lei.
Um motorista líbio que ali trabalhava informou a um amigo que ainda não tinha
casa, que a embaixada do Brasil era alugada.
Imediatamente esse amigo atirou um colchão e reivindicou a propriedade (uma
mansão que pertencia a um italiano que retornou à Itália apos a subida ao poder
de Kadafi).
O governo líbio precisou intervir para evitar maiores dissabores.
O Brasil acabou ganhando a embaixada e o líbio uma casa nova.
Isto tudo aconteceu na década de 70, quando a Líbia era uma potência
riquíssima, com apenas 3 milhões de habitantes, em quase 1.800.000 quilômetros
quadrados.
Os líbios, por lei, eram proibidos de trabalhar como empregados de
estrangeiros.
O líbio que não quisesse trabalhar recebia o equivalente, valores de hoje, a
cerca de 7 mil dólares por mês.
E mais: médico, hospital e remédios era tudo de graça.
Ninguém pagava escola e o líbio que quisesse aperfeiçoar seus estudos fora do
país ganhava uma substancial bolsa.
Conheci muitos desses líbios na França, Itália, Espanha e Alemanha, e outros
países onde estive como jornalista.
Parte 2
A bela Tripoli antes da invasão dos Estados Unidos e da OTAN
Estamos em Trípoli, ano 1979.
Esta noite quase não consegui pegar no sono.
No hotel onde estava hospedado, alem dos diplomatas e alguns jornalistas,
estavam também delegações de países africanos de língua portuguesa.
Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, etc.
E foram eles que não me deixaram pegar no sono já que, sabendo que eu teria um
encontro com Kadafi no dia seguinte, queriam que eu lhe pedisse mais
explicações sobre o socialismo Líbio.
Disseram que nunca haviam visto algo igual. Nem mesmo em livros.
Ficaram admirados com a Lei do Colchão (veja post abaixo), com a assistência
médica, remédios e educação, tudo gratuito.
E pelo fato de ninguém ser obrigado a trabalhar na Líbia e mesmo assim receber
uma remuneração “ fantástica” no dizer de um angolano.
Prometi que tentaria obter uma resposta, desde que, de fato, eu conseguisse
falar com Kadafi, por saber que ele era imprevisível e não poucas vezes deixou
jornalistas aguardando ad infinitum.
Antes, preciso esclarecer que as portas dos apartamentos dos hotéis não
possuíam fechaduras.
Por isso todos podiam entrar no apartamento de todos razão pela qual nossos apartamentos
eram sempre “visitados”.
Perguntei ao gerente do hotel a razão da falta de fechaduras.
Respondeu que na Líbia não havia ladrões como na “época da colonização italiana
e por isso as fechaduras eram prescindíveis”.
Mas um diplomata me esclareceu que a falta de fechaduras era para que os
“fiscais” do governo pudessem entrar a qualquer hora do dia ou da noite para
ver se não havia mulheres “convidadas” nos apartamentos.
“Porque, prosseguiu o diplomata, os líbios até hoje falam que durante a colonização
italiana e o reinado de Idris, os hotéis serviam apenas para orgias”.
No dia seguinte me preparo para o encontro com Kadafi.
Manse, com a sua câmera e Belo com seu gravador Nagra me aguardavam ao lado do
elevador.
Com cara de sono, reclamaram que seus apartamentos foram “penetrados” umas três
vezes de madrugada e foi um susto só.
O carro enviado pelo governo nos esperava na entrada, mas Manse queria tomar
mais um cafezinho.
Entrei no carro e aguardei.
Cinco minutos depois Luis Manse, com sua inseparável câmera, chegava sozinho.
Perguntei pelo Belo, ele disse que o imaginava comigo.
Perguntei ao nosso acompanhante se ele havia visto o nosso companheiro.
Imediatamente ele foi à portaria perguntar.
Um rapaz simpático respondeu que tinha visto Belo acompanhado por dois
policiais uniformizados a caminho da praça que ficava a uns cinqüenta metros do
hotel.
Fiquei preocupado, imaginando o pior.
Jornalista acompanhado por policiais no Brasil nunca era um bom augúrio.
Parte 3
Kadafi ao lado de seu eterno ídolo, o presidente Násser do Egito
Belo e os dois policiais estão parados ao lado de um reluzente carro Mercedes
Benz novinho em folha.
Perguntei o que estava acontecendo.
Um dos policiais me disse que o meu companheiro não parava de apontar a chave
do carro na ignição. E que eles não sabiam a razão, pois Belo não falava o
árabe e nem eles o “brasileiro”.
Então era por isso que eles saíram juntos do hotel.
Nada preocupante.
Belo me explicou e eu traduzi para o policial que ele, ao ver a chave na
ignição, ficou preocupado de alguém roubar o carro.
Os dois policiais começaram a rir e disseram tratar-se de um carro abandonado.
Era um costume no país.
Quem não gostasse do carro bastava abandoná-lo com a chave dentro. O
interessado podia levá-lo.
Essa era a Líbia da época.
Muita fartura, nenhuma miséria e a abundância ao alcance de todos.
Alias isso podia se observar nas pessoas.
Os mais velhos, que viveram sob o domínio dos colonialistas e durante a
monarquia, eram pessoas alquebradas, corpo seco.
As crianças e os jovens eram saudáveis e alegres.
Só para se ter uma idéia da Líbia sob Kadafi, tudo custava mais ou menos o
equivalente a 3 dólares.
Havia supermercados gigantescos, mas nada era vendido a varejo.
Quem quisesse arroz, por exemplo, pagava 3 dólares pelo saco de 50 quilos.
Tudo era nessa base.
Fomos visitar o parque industrial de Trípoli e eu pedi para conhecer uma
tecelagem.
Perguntei como era a relação com os clientes e um técnico alemão que ali se
encontrava para montar o maquinário, começou a rir.
“Os líbios são loucos”, me disse. E completou: “eles não vendem nada aqui por
metro, somente a peça inteira. E para qualquer um que entrar na fábrica e
pedir”.
Perguntei o preço da peça: 3 dólares a peça de 50 metros...
Mas se você, por exemplo, quisesse comprar uma gravata, qualquer uma, o preço
mínimo era o equivalente a 200 dólares.
Um cachimbo, 300 dólares.
Ou seja, todo produto que lembrasse os colonizadores e, de acordo com eles,
representasse ou sugerisse consumo supérfluo, era altamente taxado.
Bebida alcoólica, nem pensar. Dava prisão sumária.
E foi o que aconteceu com dois jornalistas argentinos, cuja “esperteza” os
remeteu ao porto e ali compraram de um cargueiro uma garrafa de uísque.
Um dos funcionários do hotel sentiu o bafo e os denunciou.
É verdade que eles não foram presos, porque eram convidados do governo.
Mas não puderam entrevistar ninguém, muito menos o Kadafi...
E nós só soubemos disso porque o embaixador do Brasil, uma figura
simpaticíssima, uma noite nos convidou para a Embaixada e, ali, nos ofereceu um
uísque de não sei quantos anos (guardado a sete chaves num cofre), que Manse e
Belo acharam delicioso.
Claro que eu também bebi um gole, apesar de detestar uísque.
Seja de que marca for, de que ano for.
Sempre me lembrou o gosto de iodo.
Evidentemente não faria uma desfeita ao embaixador tão solícito.
Não estalei a língua porque aí seria demais.
Antes de nos despedirmos, o embaixador nos ofereceu um litro de leite para cada
um, pois segundo ele o leite disfarçaria o nosso hálito.
Na porta, perguntei ao embaixador se ele poderia nos dar um depoimento.
“O Kadafi é um Gênio”, respondeu.
Surpreso, perguntei.
O senhor considera o Kadafi um Gênio?
Sim! Um Gênio!
Parte 4
Kadafi libertou as mulheres alistando-as nas Forças Armadas
Então o senhor considera Kadafi um Gênio?
Sim! Respondeu o embaixador. Um Gênio! E amanhã o senhor vai ter uma prova
disso.
Não entendi.
Amanhã vai haver um desfile em comemoração ao décimo aniversario da Revolução.
Assista e veja se não tenho razão.
O dia seguinte amanheceu glorioso. E eu já estava preocupado.
Se o país vai parar para comemorar o décimo aniversário da Revolução, será que
Kadafi vai encontrar tempo para a entrevista?
A população lotava a praça e as ruas onde seriam realizados os desfiles.
Um fato me chamou a atenção.
Havia milhares de meninas adolescentes com uniformes militares prontas para o
desfile.
Sorriam um sorriso que somente as adolescentes possuem.
Impressionante a sua alegria.
Foi assim que Kadafi libertou as mulheres, que antes não podiam atravessar a
porta de casa e nem tirar as vestimentas que cobriam seu corpo de cima abaixo,
me confidenciou o embaixador.
É ou não um gênio?
Essas adolescentes saem de casa bem cedinho usando o uniforme militar e
retornam para suas casas no fim do dia. Elas só não dormem no quartel.
E têm autorização para não tirar o uniforme.
Depois do serviço militar elas jamais voltam a se vestir como anteriormente.
Então é por isso que as mulheres líbias se vestem como as ocidentais?
Mas vez ou outra deparamos com mulheres com roupas tradicionais.
Terminado o desfile, um membro do governo me diz que Kadafi nos receberia não
mais em Trípoli, mas em Benghazi, a bela cidade mediterrânea.
E que nos buscariam de madrugada pra viajarmos os 600 quilômetros que separam
as duas cidades.
Fico sabendo nesse dia que a energia elétrica que ilumina o país é de graça.
Ninguém recebe a conta de luz, seja em casa ou no comércio.
E quem tiver aptidão para empresário, pode buscar os recursos necessários no
banco estatal e não paga nenhum centavo de juros.
A divisão da riqueza do país com sua população, em nome do islamismo, criou um
sério problema para os demais países muçulmanos, principalmente Arábia Saudita.
E desde então, Kadafi nunca poupou os dirigentes sauditas que acusou de terem
se apossado de um país que jamais lhes pertenceu e de serem “infiéis que
conspurcavam o verdadeiro islamismo”.
“Trocaram o Profeta pelo petróleo”.
Pela primeira vez usava-se o Alcorão contra aqueles que se diziam seus
defensores.
Os sauditas, acuados, só conseguiam dizer que ele era “comunista”.
Kadafi respondia que ele apenas seguia o Alcorão ao pé da letra.
Várias revoltas começaram a eclodir na Arábia Saudita e países do Golfo.
Estados Unidos e mídia associada começaram a arregaçar as mangas.
Era preciso defender a vassala Arábia Saudita e transformar Kadafi num pária.
Na volta ao hotel, dou de cara com revolucionários da África do Sul. Estavam na
Líbia em busca de fundos para lutar contra o apartheid.
Parte 5
A bela Benghazi, antes da invasão dos EUA-OTAN
Vamos falar francamente.
Eu estava me esforçando para realizar um programa que dificilmente seria
exibido.
Naquela época o Globo Repórter registrava uma audiência enorme, entre 50 e 65,
com pico de 72.
Alem do mais, vivíamos sob o tacão da ditadura.
Mas já que estávamos lá, vamos tocar o barco e ver no que vai dar.
À noite, no hotel, alguém abre a porta e me pergunta se posso conversar um
pouco.
Era o chefe da delegação de Guiné-Bissau e estava empolgado. Nunca imaginara
conhecer um país como a Líbia.
Perguntou como foi o meu encontro com Kadafi.
Respondi que o encontro seria no dia seguinte em Benghazi.
Enquanto conversávamos, um “fiscal” do governo, entra no quarto e nos
cumprimenta sorridente.
Dá uma olhada rápida e com aquele sorriso de comissária de bordo, nos agradece
e vai embora.
Mal passaram 10 minutos e a porta novamente é aberta. Um jornalista do Rio de
Janeiro, meu vizinho de quarto entra desesperado.
- Uma coca cola pelo amor de Deus. Meu reino por uma coca-cola. Vou descer até
saguão, alguém precisa me informar onde consigo comprar coca cola nesse país de
birutas.
E nem esperou o elevador. Desceu pela escada mesmo.
- Maluco esse seu vizinho, me confidenciou o guine-bissauense( é assim mesmo
que se diz?). E alem do mais ainda ofendeu Shakespeare.
Em seguida ele me revela que conheceu muitos revolucionários de países diferentes
que se encontravam na Líbia em busca de recursos.
Inclusive sul-africanos.
- Entregaram uma carta de Nelson Mandela para o Kadafi pedindo para ele não
esquecer seus irmãos africanos, respondeu feliz, dando a entender que eles
foram atendidos.
Novamente o “fiscal” com sorriso de comissária de bordo entra. Desta vez para
nos convidar a assistir no salão do hotel a um filme sobre os “horrores” da
herança colonialista.
Na verdade não era um filme, mas um documentário de 15 minutos e se a idéia era
para que a platéia se indignasse, o efeito foi o contrário.
O documentário mostrava a noite em Trípoli. Garotas seminuas andando nas ruas
em busca de clientes, “inferninhos”, cabarés, bebidas alcoólicas, muitas
bebidas, e por aí vai.
E o pior, terminada a exibição vários aplausos da platéia, principalmente de
jornalistas, pedindo a volta dos colonizadores...
Isso sim é que era época boa, exclamou o jornalista carioca, agora ao lado de
um colega mineiro que completou: “eta paizinho que nem coca-cola tem”.
Quatro da manhã somos acordados. Do aeroporto de Trípoli seguimos para
Benghazi, onde finalmente vamos entrevistar Kadafi.
Parte 6
“Sobreviverei ao meu verdugo” - Omar Moukhtar o herói
nacional da Líbia, preso e arrebentado pelos colonialistas italianos
Quando desembarcamos em Benghazi, a belíssima Benghazi, tamareiras enfeitavam
suas praias.
Estavam ali como os coqueiros nas praias do nordeste.
Era colher e comer tâmaras dulcíssimas.
Um jornalista suíço que chegara a Benghazi uma semana antes, me confidenciou
que não deveria perder um casamento. Qualquer um, disse.
Estava realmente deslumbrado com a festa e o que o deixou mais impressionado, é
que os noivos, depois da cerimônia, recebem um envelope do governo com o
equivalente a 50 mil dólares de presente.
Bem, essa era a Líbia que pouca gente conhecia e a mídia ocidental não fazia
nenhuma questão de mostrá-la.
E não poderia, pois como explicar a seus leitores que havia ascendido ao poder
um jovem coronel que não utilizou a riqueza em benefício próprio?
Pelo contrário.
Havia dividido a riqueza com a população do país.
Que não queria ver ninguém sem teto, sem fome, sem educação e sem muitas outras
coisas mais.
Eu, naturalmente, iria sem dúvida nortear a minha entrevista a partir desses
pontos.
Mas antes da entrevista, fomos a três festas com músicos árabes de diversos
países.
E haja doce.
E haja suco.
E nem um “uisquinho”, lamentavam alguns jornalistas que, sinceramente, acho que
estavam no país sem saber porque e para que.
As festas corriam em tendas beduínas, algo que Kadafi sempre prezou.
A entrevista, que seria de 40 minutos, durou mais de duas horas e creio que
passaríamos a noite conversando se ele não fosse a toda hora solicitado.
Naturalmente a Globo achou melhor não colocar o programa no ar, pois poderia
melindrar a ditadura.
Foi feita uma proposta para que um programa de 15 minutos fosse ao ar no
Fantástico.
Foi realizada a reedição, mas o programa teria sido proibido pelos censores
oficiais da ditadura (civil-militar-midiática).
Tudo culpa da ditadura.
Será?
Oh, céus! Oh, terra! Quando nos livraremos desse sistema putrefato?
A Líbia que eu conheci – Final
Qual foi o grande erro de Kadafi?
Eu não tenho a menor dúvida.
Foi acreditar nos euro-estadunidenses e desistir de sua bomba atômica.
Os pacifistas que me perdoem.
Aqui não se trata de incentivar a produção de ogivas nucleares, mas de
persuasão.
O Brasil que tome jeito e comece a produzir a sua.
Caso contrário, a própria mídia brasileira, associada ao Império, fará de tudo
para que o país seja invadido e ocupado.
Kadafi não ficou rico, como os produtores de petróleo do Golfo.
Dividiu a riqueza do país com a população.
Apoiou todos os movimentos revolucionários de esquerda do mundo.
Inclusive os brasileiros.
Em nenhum momento esqueceu a população negra da África.
E da África do Sul, onde, em agradecimento, um neto de Nelson Mandela chama-se
Kadafi.
Quando Nelson Mandela tornou-se o primeiro presidente da África do Sul em 1994,
o então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, fez de tudo para que
Mandela parasse com os agradecimentos quase diários a Kadafi pelo seu apoio à
luta dos revolucionários africanos.
"Os que se irritam com nossa amizade com o presidente Kadafi podem pular
na piscina", respondeu Mandela.
O presidente de Uganda Yoweri Museveni afirmou que "quaisquer que sejam as
falhas de Kadafi, ele é um verdadeiro nacionalista. Prefiro nacionalistas do
que marionetes de interesses estrangeiros".
E disse mais:
" Kadafi deu contribuições importantes para a Líbia, para a África e para
o Terceiro Mundo. Devemos lembrar ainda que, como parte desta forma
independente de pensar, ele expulsou bases militares britânicas e americanas da
Líbia após tomar o poder".
Alem disso, o ex-líder líbio também teve papel importante na formação da União
Africana (UA).
A principal coordenadora da guerra contra a Líbia, Hillary Clinton, andou pela
África pregando abertamente o assassinato de Muammar Kadafi.
Como não teve sucesso, começou a recrutar mercenários.
Alias foram esses mercenários, inclusive os esquadrões da morte colombianos,
que lutaram na Líbia. E eles não foram dizimados graças à Organização
Terrorista do Atlântico Norte (OTAN) e EUA.
Quem puder pesquisar, quando Kadafi nacionalizou as empresas petrolíferas e os
bancos, a mídia Ocidental referia-se a ele como Che Guevara Árabe.
Antes de ser deposto e linchado pelos mercenários a mando dos terroristas OTAN
e EUA, a Líbia possuía o maior índice de desenvolvimento humano da África, e
até hoje maior que o do Brasil.
E o que pouca gente sabe, em 2007 inaugurou o maior sistema de irrigação do
mundo.
Transformou o deserto (95% da Líbia) em fazendas produtoras de alimentos.
Alias, assim que subiu ao poder os líbios que quiseram produzir alimentos
receberam terra, equipamentos, sementes e 50 mil dólares para sobreviver até a
safra.
Foi uma Reforma Agrária total e irrestrita.
Ele também pressionou pela criação dos Estados Unidos da África (EUA) para
rivalizar com os EUA e união européia.
Ele lutou por uma África una: “Queremos militares africanos para defender a
África. Queremos uma moeda única. Queremos um só passaporte africano".
Lamentavelmente esqueceu a Bomba Atômica. E pagou por isso.
As nações que querem se emancipar que pensem nisso.
__________
E abaixo você ouve os presidentes Hugo Chaves, Evo Morales, Rafael Correa e
Fernando Lugo... cantando Hasta Siempre, em homenagem a Che Guevara. Eles
também que se cuidem. O video foi postado originalmente por Regina Schmitz no Facebook.
Já por volta dos dez anos, apaixonado pelas aulas de Língua
Portuguesa e de Redação, pelos encantos da palavra escrita, pelo gosto e pelo
cheiro de uma boa história, anunciava a quem interessado estivesse que desejava
ser Jornalista. Jamais mudei de ideia - ao contrário, com o passar dos anos, a
convicção só fez aumentar.
No terceiro ano da Graduação - em Jornalismo, obviamente -,
comecei a trabalhar como estagiário no Sindicato dos Professores de São Paulo,
o querido SINPRO-SP. Continuei por lá depois de formado - e até hoje, agora
como colaborador, mantemos a parceria. É um prazer, um orgulho. São quase vinte
anos de aprendizados vivos e intensos (sim, os companheiros do Sindicato são
para mim referências intelectuais e éticas, exemplos de figuras humanas e de
mestres, no sentido mais profundo das palavras). Acompanhei e acompanho muito de perto as lutas, os sonhos,
as angústias, as ações políticas, as mensagens cidadãs, as vitórias e as
derrotas daqueles companheiros que sobretudo estabelecem a Educação como um
direito de todos - e um caminho para a conquista da liberdade e da autonomia
crítica. Foi inevitável e irresistível (ainda bem, muito obrigado!) - por conta
deles, tornei-me também professor.
Afinal, respeitadas as singularidades, o ser Jornalista e o
ser Professor estabelecem estreitas relações: é preciso ser curioso, humilde,
democrático, alimentar pelos saberes profunda devoção e respeito, apurar,
pesquisar, procurar sempre, organizar e sistematizar, saber ouvir. E estar
disposto a aprender sempre, a compartilhar informações e conhecimentos - seja
com o público (leitor, ouvinte, telespectador, internauta, seja com os alunos
em sala de aula). Nos dois casos, é fundamental estar atento às coisas do
mundo, rechaçando preconceitos e intolerâncias, truculências e autoritarismos,
valorizando argumentos e ideias e lutando pelo "bom, pelo justo e pelo
melhor do mundo", como diria a militante comunista Olga Benário.
Foi assim, por ser Jornalista apaixonado, que me tornei um
apaixonado Professor. E, entre aulas particulares, aulas na Graduação e na Pós,
lá se vão quase quinze anos de atividade docente. Não é fácil - o avanço do
espetáculo e do consumo, o individualismo e o "umbiguismo"
exacerbados, a consolidação de um conhecimento instrumentalizado, o falso
mantra que diz que as novas tecnologias resolvem todos os nossos problemas, a
mercantilização das relações humanas e profissionais, o desmanche político da
carreira, o esgarçamento do tecido social e a perda de referências e valores
que definem a humanidade e o ideal de civilização colocam muitas vezes o papel
do professor em um encruzilhada e fazem da profissão uma atividade social
infelizmente cada vez menos valorizada.
É preciso resistir. A cada dia. Todos os dias. Porque, como
lembram as palavras libertárias do mestre Paulo Freire, no livro
"Pedagogia da Autonomia", e transformadas em homenagem pelo Instituto
Paulo Freire neste ano, "sou professor a favor da decência e contra o
despudor, a favor da liberdade contra o autoritarismo, da autoridade contra a
licenciosidade, da democracia contra a ditadura da direita ou da esquerda. Sou
professor a favor da luta constante contra a ordem capitalista vigente que
inventou esta aberração: a miséria na fartura".
Zizek: o casamento entre
democracia e capitalismo acabou
O filósofo e escritor esloveno Slavoj Zizek visitou a acampamento do movimento
Ocupar Wall Street, no parque Zuccotti, em Nova York e falou aos manifestantes.
“Estamos testemunhando como o sistema está se autodestruindo. Quando
criticarem o capitalismo, não se deixem chantagear pelos que vos acusam de ser
contra a democracia. O casamento entre a democracia e o capitalismo
acabou". Leia a íntegra do pronunciamento de Zizek.
Slavoj Zizek Data:
11/10/2011 / Copyleft Durante o crash financeiro de 2008, foi destruída mais
propriedade privada, ganha com dificuldades, do que se todos nós aqui estivéssemos
a destruí-la dia e noite durante semanas. Dizem que somos sonhadores, mas os
verdadeiros sonhadores são aqueles que pensam que as coisas podem continuar
indefinidamente da mesma forma.
Não somos sonhadores. Somos o despertar de um sonho que está se transformando
num pesadelo. Não estamos destruindo coisa alguma. Estamos apenas testemunhando
como o sistema está se autodestruindo.
Todos conhecemos a cena clássica do desenho animado: o coiote chega à beira do
precipício, e continua a andar, ignorando o fato de que não há nada por baixo
dele. Somente quando olha para baixo e toma consciência de que não há nada,
cai. É isto que estamos fazendo aqui.
Estamos a dizer aos rapazes de Wall Street: “hey, olhem para baixo!”
Em abril de 2011, o governo chinês proibiu, na TV, nos filmes e em romances,
todas as histórias que falassem em realidade alternativa ou viagens no tempo. É
um bom sinal para a China. Significa que as pessoas ainda sonham com
alternativas, e por isso é preciso proibir este sonho. Aqui, não pensamos em
proibições. Porque o sistema dominante tem oprimido até a nossa capacidade de sonhar.
Vejam os filmes a que assistimos o tempo todo. É fácil imaginar o fim do mundo,
um asteróide destruir toda a vida e assim por diante. Mas não se pode imaginar
o fim do capitalismo. O que estamos, então, a fazer aqui?
Deixem-me contar uma piada maravilhosa dos velhos tempos comunistas. Um fulano
da Alemanha Oriental foi mandado para trabalhar na Sibéria. Ele sabia que o seu
correio seria lido pelos censores, por isso disse aos amigos: “Vamos
estabelecer um código. Se receberem uma carta minha escrita em tinta azul, será
verdade o que estiver escrito; se estiver escrita em tinta vermelha, será falso”.
Passado um mês, os amigos recebem uma primeira carta toda escrita em tinta
azul. Dizia: “Tudo é maravilhoso aqui, as lojas estão cheias de boa comida, os
cinemas exibem bons filmes do ocidente, os apartamentos são grandes e luxuosos,
a única coisa que não se consegue comprar é tinta vermelha.”
É assim que vivemos – temos todas as liberdades que queremos, mas falta-nos a
tinta vermelha, a linguagem para articular a nossa ausência de liberdade. A
forma como nos ensinam a falar sobre a guerra, a liberdade, o terrorismo e
assim por diante, falsifica a liberdade. E é isso que estamos a fazer aqui:
dando tinta vermelha a todos nós.
Existe um perigo. Não nos apaixonemos por nós mesmos. É bom estar aqui, mas
lembrem-se, os carnavais são baratos. O que importa é o dia seguinte, quando
voltamos à vida normal. Haverá então novas oportunidades? Não quero que se
lembrem destes dias assim: “Meu deus, como éramos jovens e foi lindo”.
Lembrem-se que a nossa mensagem principal é: temos de pensar em alternativas. A
regra quebrou-se. Não vivemos no melhor mundo possível, mas há um longo caminho
pela frente – estamos confrontados com questões realmente difíceis. Sabemos o que
não queremos. Mas o que queremos? Que organização social pode substituir o
capitalismo? Que tipo de novos líderes queremos?
Lembrem-se, o problema não é a corrupção ou a ganância, o problema é o sistema.
Tenham cuidado, não só com os inimigos, mas também com os falsos amigos que já
estão trabalhando para diluir este processo, do mesmo modo que quando se toma
café sem cafeína, cerveja sem álcool, sorvete sem gordura.
Vão tentar transformar isso num protesto moral sem coração, um processo
descafeinado. Mas o motivo de estarmos aqui é que já estamos fartos de um mundo
onde se reciclam latas de coca-cola ou se toma um cappuccino italiano no
Starbucks, para depois dar 1% às crianças que passam fome e fazer-nos sentir
bem com isso. Depois de fazer outsourcing
ao trabalho e à tortura, depois de as agências matrimoniais fazerem outsourcing da nossa vida amorosa,
permitimos que até o nosso envolvimento político seja alvo de outsourcing. Queremos ele de volta.
Não somos comunistas, se o comunismo significa o sistema que entrou em colapso
em 1990. Lembrem-se que hoje os comunistas são os capitalistas mais eficientes
e implacáveis. Na China de hoje, temos um capitalismo que é ainda mais dinâmico
do que o vosso capitalismo americano. Mas ele não precisa de democracia. O que
significa que, quando criticarem o capitalismo, não se deixem chantagear pelos
que vos acusam de ser contra a democracia. O casamento entre a democracia e o
capitalismo acabou.
A mudança é possível. O que é que consideramos possível hoje? Basta seguir os
meios de comunicação. Por um lado, na tecnologia e na sexualidade tudo parece
ser possível. É possível viajar para a lua, tornar-se imortal através da biogenética.
Pode-se ter sexo com animais ou qualquer outra coisa. Mas olhem para os
terrenos da sociedade e da economia. Nestes, quase tudo é considerado impossível.
Querem aumentar um pouco os impostos aos ricos? Eles dizem que é impossível.
Perdemos competitividade. Querem mais dinheiro para a saúde? Eles dizem que é
impossível, isso significaria um Estado totalitário. Algo tem de estar errado
num mundo onde vos prometem ser imortais, mas em que não se pode gastar um
pouco mais com cuidados de saúde.
Talvez devêssemos definir as nossas prioridades nesta questão. Não queremos um
padrão de vida mais alto – queremos um melhor padrão de vida. O único sentido
em que somos comunistas é que nos preocupamos com os bens comuns. Os bens
comuns da natureza, os bens comuns do que é privatizado pela propriedade
intelectual, os bens comuns da biogenética. Por isto e só por isto devemos
lutar.
O comunismo falhou totalmente, mas o problema dos bens comuns permanece. Eles
dizem-nos que não somos americanos, mas temos de lembrar uma coisa aos
fundamentalistas conservadores, que afirmam que eles é que são realmente americanos.
O que é o cristianismo? É o Espírito Santo. O que é o Espírito Santo? É uma
comunidade igualitária de crentes que estão ligados pelo amor um pelo outro, e
que só têm a sua própria liberdade e responsabilidade para este amor. Neste
sentido, o Espírito Santo está aqui, agora, e lá em Wall Street estão os pagãos
que adoram ídolos blasfemos.
Por isso, do que precisamos é de paciência. A única coisa que eu temo é que
algum dia vamos todos voltar para casa, e vamos voltar a encontrar-nos uma vez
por ano, para beber cerveja e recordar nostalgicamente como foi bom o tempo que
passamos aqui. Prometam que não vai ser assim. Sabem que muitas vezes as
pessoas desejam uma coisa, mas realmente não a querem. Não tenham medo de
realmente querer o que desejam. Muito obrigado
Tradução de Luis Leiria para o Esquerda.net
Extraído de Carta Maior
Resposta ao novo ataque da revista Veja a lei de obrigatoriedade de filosofia e sociologia no ensino médio.
Diego Felipe de Souza Queiroz*
6 Oct 2011
Em uma edição recente, a revista Veja veio mais uma vez atacar a Lei de obrigatoriedade de filosofia e sociologia nas escolas de ensino médio. A revista, que em edição anterior(1) já tinha desferido um ataque à mesma Lei, traz em suas páginas mais um texto neste sentido. O ataque vem por meio de um texto pequeno e rasteiro, inserido junto a uma série de artigos sobre os “absurdos” da justiça(2). O tamanho do texto e sua simplicidade não o torna menos perigoso, já que o mesmo se enquadra no tipo de texto destinado a transmitir opiniões de maneira rápida e fluida, objetivando ganhar a adesão do leitor justamente por se tratar de um material “leve” e de fácil entendimento.
Contaminado por essa pretensão de escrever um texto fluido e de fácil entendimento (sem me perder na tendência publicitária opinativa típica do que vemos por aí, na mídia empresarial brasileira) escrevo aqui uma resposta à revista Veja.
Revista Veja n° 2236, Páginas 92 e 93
O que apresenta: Texto contra a Lei de obrigatoriedade das disciplinas Filosofia e Sociologia no ensino médio. Fundamentado em uma visão tecnicista de sociedade que propõe que os brasileiros devem ser preparados para uma ação funcional na sociedade, sem muita preocupação com sua formação crítica que já na LDB(3) é apontada como necessária para que os sujeitos possam exercer plenamente sua cidadania.
O Absurdo: O texto utiliza-se de dados de avaliações internacionais que demonstram que a educação brasileira é ruim em relação às disciplinas de Matemática e Português, para atacar o ensino das disciplinas Filosofia e Sociologia. E fazem isso de tal modo como se o ensino dessas disciplinas, da área de Humanas, fosse de alguma forma atrapalhar o ensino de Matemática e Português nas escolas. Argumento falho, já que aprender Sociologia e Filosofia - de forma nenhuma – traz prejuízo ao estudo de Português e Matemática. Muito pelo contrário, são duas disciplinas que trabalham com a produção de textos e com a argumentação; o que, inevitavelmente, contribui com a capacidade de escrever e de ler dos estudantes. Em relação à Matemática, podemos imaginar o que diria Pitágoras ao redator desta matéria. Logo ele, o filósofo conhecido como “pai da Matemática”!
Por fim, há uma raivosa acusação de que as disciplinas são plataformas de pregação ideológica de esquerda. Grande erro! Pois pensar desta maneira é ir contra qualquer entendimento sério das disciplinas, que sempre foram consideradas fundamentais para a formação de indivíduos autônomos e críticos: sujeitos questionadores capazes de se contraporem a qualquer doutrinamento, seja ele de esquerda ou de direita.
O que a revista teme: Em um momento em que a discussão sobre a melhoria da educação no país torna-se cada vez mais forte; em que a luta dos trabalhadores da educação espalham-se por todo território nacional (exemplos: as recentes greves da educação nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará e também a greve nacional do Colégio Pedro II), o modelo tecnicista de educação - implantado por diferentes governos neoliberais no país e exaltado há décadas pela a elite nacional e seus veículos de pregação ideológica - se fragiliza. E o poder constituído treme diante da possibilidade de qualquer mudança na área da educação, mesmo que ela seja de consciência. Afinal que sujeito autônomo, crítico e minimamente informado poderia levar a sério revistas como a Veja e suas matérias absurdas como esta de ataque raivoso contra a Lei obrigatoriedade das disciplinas de filosofia e sociologia?
* Diego Felipe é Bacharel e licenciado em Filosofia pela UERJ; Docente da Rede Estadual de Educação do Rio de Janeiro.
(1) Edição 2158
(2) Na mesma parte da revista temos um artigo intitulado “Palmadazinha nas crianças” que apresenta a visão da revista contra a Lei número 7672 que proíbe castigo físico a crianças.
(3) Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, terá como finalidades:
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
PERGUNTA / pergunta recebida através do Formulário PRO no menu à esquerda.
Gostaria de saber se um estudo de Léonard, datado de 1949, consta dessa renomada Revista (Revista SEAF). Sou coordenador de Historia Eclesiastica do Seminario Presbiteriano do Rio de Janeiro (Simonton). José Roberto Costanza
RESPOSTA:
Possivelmente o “estudo de Léonard, datado de 1949” a que se refere é “L'Eglise presbytérienne du Brésil et ses expériences ecclésiastiques” (Emile Guillaume Léonard), cuja referência encontramos em Alsatica.eu/fr e em BNU - Bibliothéque Nacionale Univsersitaire, mas cujo acesso não temos.
Caso não conheça, talvez possa ser de interesse o texto, do mesmo autor, “L'illuminisme dans un protestantisme de constitution récente (Brésil)”, de 1952, que pode ser baixado em Persée