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Chomsky: A liberdade de expressão é propriedade das corporações midiáticas nos EEUU
ABN
Ter, 25 de agosto de 2009 16:09
Noam Chomsky
Caracas, 25 Ago. ABN.- Se bem que a liberdade de expressão foi uma conquista dos estadunidenses nos anos 60, hoje está sob o controle de grandes corporações midiáticas que pertencem aos que ostentam o poder econômico.
A premissa pertence ao ensaísta e linguista norte-americano Noam Chomsky, que na segunda-feira passada (24 agosto 2009) ofereceu uma conferência magistral na Sala Ríos Reyna, do Teatro Teresa Carreño, em Caracas.
"Nos Estados Unidos o sistema sócio-econômico está projetado para que o controle dos meios esteja nas mãos duma minoria, dona de grandes corporações (...) e o resultado é que sob o manto da 'liberdade de expressão' estão sempre os interesses financeiros desses grupos".
Destacou que as corporações midiáticas são especialistas em desviar a atenção dos grandes temas para centrar a opinião pública em questões como a moda ou o espetáculo em diversos momentos da conjuntura.
Apesar disso, ressaltou que os meios foram os responsáveis pela vitória do atual Chefe de Estado norte-americano Barack Obama, o que, a juízo de Chomsky, contribuiu para a crescente decepção que rodeia o mandatário, porque chegou à presidência sob um lema publicitário que carecia de discurso político.
"Esta decepção com Obama era previsível. Seu lema de campanha foi 'mudança e esperança', mas nunca especificou em que sentido e isso é o que eles sabem fazer, mercadejar os candidatos da mesma maneira que promovem um pasta de dentes", disse o intelectual estadunidense.
Por isso, Chomsky agregou que para falar de liberdade de expressão, os Estados Unidos devem passar obrigatoriamente por permitir o uso dos meios sem que a mão dessas corporações maneje o conteúdo do discurso.
Essa postura foi respaldada pelo economista Michael Albert, que acrescentou que exercer o direito a expressar-se sem restrições nos Estados Unidos implica necessariamente a luta contra as grandes corporações midiáticas que têm o poder sobre o que transmite através da televisão, da rádio e da imprensa.
"A liberdade de expressão é um importante valor para a sociedade norte-americana (...) Mas o que não se adverte é que os que creem exercê-la na plenitude, o fazen sob os desejos dos donos do império midiático e isso em definitivo não é liberdade", sentenciou.
Fonte: Agencia Bolivariana de Noticias
Chomsky propõe Zona de Paz na América Latina ante pretensão militarista dos EEUU
Caracas, 24 Ago. ABN.- Ante a ameaça estadunidense de manter presença militar através de bases na Colômbia, o linguista e ensaísta político norte-americano Noam Chomsky propôs a instalação de uma Zona de Paz na América Latina.
Destacou que a participação e o apoio dos Estados Unidos nos golpes militares no continente devem preocupar as nações, situação que se agrava com a instalação de soldados e armas norte-americanos na América do Sul com a desculpa de "luta contra o narcotráfico".
Na sala José Félix Ribas, do Teatro Teresa Carreño, em Caracas, Chomsky explicou que neste século a América do Norte já apoiou três golpes de Estado: Haiti, Venezuela e Honduras.
Indicou que a administração Obama não só apóia o regime instaurado em Honduras como continua treinando cadetes desse país na Escola das Américas. Diante disso, espera que a reunião extraordinária da União das Nações Sul-americanas (Unasur) resulte numa posição contundente.
"Deveria haver uma declaração forte opondo-se à militarização do continente e à presença estadunidense nas bases militares colombianas", expressou Chomsky, que destacou que os Estados Unidos não toleraria as intervenções que, com a desculpa do apoio à democracia, este país faz nos outros.
Colocou a necessidade de que na reunião da Unasur se apóie uma proposta para a criação de uma Zona de Paz como um objetivo que se pode lograr em conjunto, e revelou que estas bases militares na Colômbia, ainda que não representam um gasto significativo no orçamento estadunidense, são muito valiosas pela posição estratégica e pela zona energética onde se localizam.
Manifestou que, além das bases e da militarização do continente, a Unasur poderá tocar em temas como o problema da dependência da exportação de produtos primários como o petróleo, e o impacto ambiental do sistema sócio-econômico que predomina na região.
"As transformações que se estão fazendo na Venezuela para criar outro modelo sócio-econômico pode ter um impacto global se esses projetos se realizam de maneira exitosa", explicou o lingüista, e definiu o modelo estadunidense como suicida, e deste sistema disse: "Pretende impor-se como remédio para os males que o mesmo causa", destacou.
Fonte: Agencia Bolivariana de Noticias
Qualquer incitação das bases militares pode justificar uma guerra
Caracas, 24 Ago. ABN.- A instalação das bases militares estadunidenses na Colômbia gera um clima sumamente perigoso na América Latina, porque qualquer provocação ou incitação que ocorra através da fronteira de outros países pode desatar uma guerra.
Assim o considerou o linguista e ensaísta político Noam Chomsky durante a conferência oferecida sesta segunda-feira na Sala José Félix Ribas do Teatro Teresa Carreño, em Caracas.
Chomsky indicou que a vinculação da Colômbia com a potência armamentista é por si mesma una provocação, e enfatizou que, em situações similares de la historia, foram atritos aparentemente de escala menor os responsáveis pelas guerras.
O ensaísta norte-americano instou os países da região a fortalecer a unidade e rechaçar em bloco e de maneira contundente a localização do componente militar na Colômbia na reunião da União das Nações Sul-americanas (Unasur) que se realizará nesta sexta-feira (28 agosto 2009).
Recordou que a instalação das bases na Colômbia é resultado da retirada dos componentes belicosos de Manta, no Equador, após a negativa do presidente desse país, Rafael Correa, de renovar o contrato armamentista que se manteve durante dez anos sob o pretexto da luta contra o narcotráfico.
A esse respeito, enfatizou que a luta contra o tráfico de estupefacientes era um argumento manipulado e pouco sério utilizado pelos Estados Unidos para justificar sua incursão no continente, com o objetivo de apropriar-se dos recursos naturais que já escasseiam na economia responsável pela crise financeira mundial.
Além disso, destacou que a política belicista do presidente estadunidense Barack Obama não é distinta da que implementou seu antecesor George W. Bush, questão que foi fortemente criticada pelos eleitores que apoiaram sua proposta de governo sob o lema de "Mudança e Esperança".
"Essa decepção com Obama era previsível. Seu lema de campanha foi 'mudança e esperança', mas nunca especificou em que sentido, e isso é o que eles sabem fazer, mercadejar os candidatos da mesma maneira que promovem uma pasta de dentes".
Fonte: Agencia Bolivariana de Noticias
Extraído de socialismo.org.br
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Chomsky: A liberdade de expressão é propriedade das corporações midiáticas nos EEUU
ABN
Ter, 25 de agosto de 2009 16:09
Noam Chomsky
Caracas, 25 Ago. ABN.- Se bem que a liberdade de expressão foi uma conquista dos estadunidenses nos anos 60, hoje está sob o controle de grandes corporações midiáticas que pertencem aos que ostentam o poder econômico.
A premissa pertence ao ensaísta e linguista norte-americano Noam Chomsky, que na segunda-feira passada (24 agosto 2009) ofereceu uma conferência magistral na Sala Ríos Reyna, do Teatro Teresa Carreño, em Caracas.
"Nos Estados Unidos o sistema sócio-econômico está projetado para que o controle dos meios esteja nas mãos duma minoria, dona de grandes corporações (...) e o resultado é que sob o manto da 'liberdade de expressão' estão sempre os interesses financeiros desses grupos".
Destacou que as corporações midiáticas são especialistas em desviar a atenção dos grandes temas para centrar a opinião pública em questões como a moda ou o espetáculo em diversos momentos da conjuntura.
Apesar disso, ressaltou que os meios foram os responsáveis pela vitória do atual Chefe de Estado norte-americano Barack Obama, o que, a juízo de Chomsky, contribuiu para a crescente decepção que rodeia o mandatário, porque chegou à presidência sob um lema publicitário que carecia de discurso político.
"Esta decepção com Obama era previsível. Seu lema de campanha foi 'mudança e esperança', mas nunca especificou em que sentido e isso é o que eles sabem fazer, mercadejar os candidatos da mesma maneira que promovem um pasta de dentes", disse o intelectual estadunidense.
Por isso, Chomsky agregou que para falar de liberdade de expressão, os Estados Unidos devem passar obrigatoriamente por permitir o uso dos meios sem que a mão dessas corporações maneje o conteúdo do discurso.
Essa postura foi respaldada pelo economista Michael Albert, que acrescentou que exercer o direito a expressar-se sem restrições nos Estados Unidos implica necessariamente a luta contra as grandes corporações midiáticas que têm o poder sobre o que transmite através da televisão, da rádio e da imprensa.
"A liberdade de expressão é um importante valor para a sociedade norte-americana (...) Mas o que não se adverte é que os que creem exercê-la na plenitude, o fazen sob os desejos dos donos do império midiático e isso em definitivo não é liberdade", sentenciou.
Fonte: Agencia Bolivariana de Noticias
Chomsky propõe Zona de Paz na América Latina ante pretensão militarista dos EEUU
Caracas, 24 Ago. ABN.- Ante a ameaça estadunidense de manter presença militar através de bases na Colômbia, o linguista e ensaísta político norte-americano Noam Chomsky propôs a instalação de uma Zona de Paz na América Latina.
Destacou que a participação e o apoio dos Estados Unidos nos golpes militares no continente devem preocupar as nações, situação que se agrava com a instalação de soldados e armas norte-americanos na América do Sul com a desculpa de "luta contra o narcotráfico".
Na sala José Félix Ribas, do Teatro Teresa Carreño, em Caracas, Chomsky explicou que neste século a América do Norte já apoiou três golpes de Estado: Haiti, Venezuela e Honduras.
Indicou que a administração Obama não só apóia o regime instaurado em Honduras como continua treinando cadetes desse país na Escola das Américas. Diante disso, espera que a reunião extraordinária da União das Nações Sul-americanas (Unasur) resulte numa posição contundente.
"Deveria haver uma declaração forte opondo-se à militarização do continente e à presença estadunidense nas bases militares colombianas", expressou Chomsky, que destacou que os Estados Unidos não toleraria as intervenções que, com a desculpa do apoio à democracia, este país faz nos outros.
Colocou a necessidade de que na reunião da Unasur se apóie uma proposta para a criação de uma Zona de Paz como um objetivo que se pode lograr em conjunto, e revelou que estas bases militares na Colômbia, ainda que não representam um gasto significativo no orçamento estadunidense, são muito valiosas pela posição estratégica e pela zona energética onde se localizam.
Manifestou que, além das bases e da militarização do continente, a Unasur poderá tocar em temas como o problema da dependência da exportação de produtos primários como o petróleo, e o impacto ambiental do sistema sócio-econômico que predomina na região.
"As transformações que se estão fazendo na Venezuela para criar outro modelo sócio-econômico pode ter um impacto global se esses projetos se realizam de maneira exitosa", explicou o lingüista, e definiu o modelo estadunidense como suicida, e deste sistema disse: "Pretende impor-se como remédio para os males que o mesmo causa", destacou.
Fonte: Agencia Bolivariana de Noticias
Qualquer incitação das bases militares pode justificar uma guerra
Caracas, 24 Ago. ABN.- A instalação das bases militares estadunidenses na Colômbia gera um clima sumamente perigoso na América Latina, porque qualquer provocação ou incitação que ocorra através da fronteira de outros países pode desatar uma guerra.
Assim o considerou o linguista e ensaísta político Noam Chomsky durante a conferência oferecida sesta segunda-feira na Sala José Félix Ribas do Teatro Teresa Carreño, em Caracas.
Chomsky indicou que a vinculação da Colômbia com a potência armamentista é por si mesma una provocação, e enfatizou que, em situações similares de la historia, foram atritos aparentemente de escala menor os responsáveis pelas guerras.
O ensaísta norte-americano instou os países da região a fortalecer a unidade e rechaçar em bloco e de maneira contundente a localização do componente militar na Colômbia na reunião da União das Nações Sul-americanas (Unasur) que se realizará nesta sexta-feira (28 agosto 2009).
Recordou que a instalação das bases na Colômbia é resultado da retirada dos componentes belicosos de Manta, no Equador, após a negativa do presidente desse país, Rafael Correa, de renovar o contrato armamentista que se manteve durante dez anos sob o pretexto da luta contra o narcotráfico.
A esse respeito, enfatizou que a luta contra o tráfico de estupefacientes era um argumento manipulado e pouco sério utilizado pelos Estados Unidos para justificar sua incursão no continente, com o objetivo de apropriar-se dos recursos naturais que já escasseiam na economia responsável pela crise financeira mundial.
Além disso, destacou que a política belicista do presidente estadunidense Barack Obama não é distinta da que implementou seu antecesor George W. Bush, questão que foi fortemente criticada pelos eleitores que apoiaram sua proposta de governo sob o lema de "Mudança e Esperança".
"Essa decepção com Obama era previsível. Seu lema de campanha foi 'mudança e esperança', mas nunca especificou em que sentido, e isso é o que eles sabem fazer, mercadejar os candidatos da mesma maneira que promovem uma pasta de dentes".
Fonte: Agencia Bolivariana de Noticias
Extraído de socialismo.org.br
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